6/18/2021 0 Comentários Crescendo na EstradaNão sou caminhoneiro, nem artista de circo. Muito menos vou fazer um paralelo com "O Homem na Estrada", clássico dos Racionais MC's. Longe disso. Para falar a verdade, tudo pode ter relação. Ou não! O fato é que, não é todo dia que se chega às três décadas. Eu poderia estar certo, ou errado. Poderia ser afro, ou branco. Entendeu a referência? Eu já volto nessa. Em tempos de coronavírus e o início do pós-pandemia esperando a tão sonhada vacina, é maravilhoso celebrar a vida, e claro, lembrar das histórias. Cada vez mais fico nostálgico. É, reconheço, "é coisa de velho". Tô nem aí, é bom e já era! Chegando aos 30 anos, eu me divirto com as novas gerações. Antes, tinha apenas meus sobrinhos, que em sua maioria, estão a se tornar adolescentes. Em 2021, tive a oportunidade de começar a dar aulas para crianças com menos de 13 anos. Um desafio como professor. Antes, tinha medo. Hoje, a diversão aumenta a cada aula. No sorriso de cada aluno escondido pela máscara, lembro-me brincando na terra vermelha no prédio onde morava, na Cidade Tiradentes. Quase não via minha mãe (que trabalhava bastante), e meus irmãos se revezavam ao cuidar de mim. Hoje, meus irmãos estão com suas famílias, e fui uma espécie de experiência nos anos 90 para o que acontece desde a metade do início dos anos 2000. Tenho alunos de 9, 10, 11, e por aí vai. Na idade deles, só brincava, assistia desenhos e não pensava em coisa melhor. Não queria pensar no futuro. Foi nessa faixa que comecei a entender melhor as coisas, principalmente após a derrota da Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo da França em 1998. Tinha 7 anos. Na época, era a oportunidade de ver o que não lembro 4 anos antes, pois na Copa de 1994, nos Estados Unidos, tinha 2 para 3 anos. E queria ver todo o bairro em festa. O que não aconteceu. Óbvio que aconteceu em 2002, mas queria ali, em 1998. Até hoje, tenho minha desconfiança em relação à "Canarinho". Às vezes, torço a favor, mas quando é na Copa, costumo torcer contra. Por quê será? Hoje, trabalhando em muitas coisas com muitas coisas, gosto de contar meus "causos" nas aulas, entre um "causo e outro", passo uma música como referência para o conteúdo a ser estudado. Uma dessas músicas, é o clássico "Rise", do Public Image Limited, cujo vocalista era Johnny Rotten, o mesmo dos Sex Pistols. Essa música, aliás, foi interpretada pela Legião Urbana em seu "Acústico MTV". "I could be wrong, I could be right. I could be black, I could be white..." Se você chegou a aprender os Verbos Modais em inglês, acredito que você entendeu a referência que coloquei anteriormente. (Se não entendeu, ouça a música e me procure!) E por essa música mesmo, em seu refrão, é por onde celebro mais uma volta completa no Grande Prêmio da Vida.
"May the road rise with you", crescendo na estrada. Literalmente, por aí. E sim, a raiva é uma energia. #bebaágua
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9/18/2020 0 Comentários Doce, apesar de tudo!No momento em que você está a ler esse texto, nós judeus, estamos prestes a comemorar a passagem do ano 5780 para o novo ano de 5781. Talvez você já ouviu em algum lugar, a expressão “Shaná Tová Umetuká”, que em hebraico significa “Tenha um ano bom e doce”. Legal, não? Claro que, apesar de estar saudável em uma crise sanitária, a maior há mais de 100 anos, é uma verdadeira brachá (bênção). Mas, é fácil olhar para o próprio umbigo quando mais de 130 mil vidas neste país foram interrompidas devido a essa mesma crise sanitária que Israel, África do Sul, enfim, o mundo inteiro sofre desde o “pós-Chanucá”. (Nota: Chanucá, ou “Festa das Luzes”, costuma ser comemorada no mês de dezembro, no calendário gregoriano. Festa iluminada, com presentes e em dezembro, lembra-te outra coisa, não?) Enfim, 5780 não teve aquele gosto de pêssego docinho para muita gente, não importando credo, etnia, gênero ou classe social. Para uns, amargo, para outros, sem gosto.Acredito que Augusto dos Anjos, Vladimir Maiakóvski e até Chaim Bialik, autor de Hatikvá, o hino do Estado de Israel e bisavô da atriz estadunidense Mayim Bialik (das séries Blossom e The Big Bang Theory) teriam inspirações o suficiente para retratar em versos o que foi esse ano que, para os judeus, se encerra neste fim de tarde. Mesmo assim, a história judaica nos ensina superar uma série de adversidades. Desde a expulsão de Adam (Adão) e Chava (Eva) do Gan Eden (Jardim do Éden), o dilúvio que permitiu a construção da Arca de Noah (Noé), o exílio e a escravidão no Egito, os 40 anos no deserto, a destruição dos Templos, as invasões dos maiores impérios da história (como o Babilônio e o Romano), a expulsão na Peninsula Ibérica pela Inquisição, sem contar a Shoá (Holocausto). Tive que resumir em algumas linhas. Claro que cada cultura, cada religião, cada povo tem a sua história de superação. E, 5781 será esse ano de superação para todos nós. Oxalá que esse novo ano seja muito mais doce. Que possamos voltar a nos abraçar, a apertar as mãos de quem estamos a conhecer pela primeira vez, aproveitar aquele churrasquinho ou aquela praia sem ter a neura do contágio. Sem contar, o alívio de poder visitar a avó, o avô, os sobrinhos, e outros parentes com segurança. Falta pouco. E também tomara que esse pós-Chanuká que está por vir seja muito melhor, e que boas notícias possam vir da República Popular da China dessa vez. Porque, aquela impressão de construir um hospital em 10 dias, não foi lá muito boa. Recorda-se? Não importa de onde a vacina vier, e nem importa se o tempo de imunização seja curto. Se funcionar e se for o suficiente para afastar a tristeza que vivemos nos últimos meses, será de bom tamanho. O momento, é de fé, união, e de paciência. Parafraseando a oração identitária do judaísmo, não importa no que acredite. O Eterno, é Um Só. Shaná Tová Umetuká!
Um ano bom e doce para todos! Que todos nós sejamos inscritos no Livro da Vida! Feliz Ano Novo! 3/19/2020 0 Comentários Patrick, Purim e PrevençãoDepois de escrever só para trabalho, lá vai uma crônica... Hoje, é 19 de março de 2020. Tenho 90 dias para ficar mais velho. Muita coisa está a acontecer nesse ano, e ainda estamos apenas em março. Não parece que as águas de março fecharam o verão. Muito menos, promessa de vida. Em 2020, marca a minha 1ª experiência de fato em uma escola, que m deu a oportunidade de comemorar o tão famoso Dia de São Patrício, que sempre ouvia falar, mas nunca corri atrás pra saber direito. Como é uma tradição irlandesa, e eu, como era cristão protestante, sempre ficava ao lado do Rei Henrique VIII, não dava bola: "aqueles católicos verdes irritantes!" Claro que, passei minha infância inteira ouvindo "Sunday Bloody Sunday" do U2 (uma das primeiras músicas que toco quando sento em uma bateria) sabendo que não foi legal o que os ingleses fizeram contra os irlandeses. Veja só, imagine a cara de um torcedor dos Glasgow Rangers (hoje, sendo treinado pelo lendário Steven Gerrard, que está a fazer um brilhante trabalho) ter que estudar sobre o símbolo do maior rival? Sim, o trevo de São Patrício serve de inspiração para o símbolo do Celtic. Aliás, os Celtas eram um povo pagão, e foram adversários do padroeiro irlandês. But, ambos os clubes são escoceses. São Patrício é o padroeiro da Irlanda, enquanto Santo André, é o padroeiro da Escócia. E Santo André, é o nome da cidade onde fica a escola que leciono. Pro Educationem Fiant Eximia. O mais legal sobre estudar sobre São Patrício, é justamente sobre um dilúvio que aconteceu em sua época, e que o trevo surgiu de uma maneira milagrosa. Obviamente, me fez lembrar o que, agora como judeu, comemorei na semana passada, a festa de Purim.
Para quem não sabe, Purim é uma celebração que os judeus tem há muitos anos, lembrando do milagre da Princesa Esther, cuja beleza e sagacidade, junto ao seu engenhoso primo e tutor Mordechai, fez com que os judeus não sofressem um massacre na antiga Pérsia. Voltando a março de 2020. Estamos vivendo algo que, eu que, em breve, posso ter a oportunidade de chegar em três décadas, nunca vi. Lembro da "pneumonia asiática" (SARS), Ebola, febre amarela, dengue, doenças que culminavam na paralisia infantil na década de 90, agora, essa "coroa", não tem quem aguente. "Uma simples gripe que não resiste a altas temperaturas." "Baixo índice de letalidade." O que começou na República Popular da China espalhou para todo o mundo, fazendo com que no Canadá, esvaziam supermercados, nos Estados Unidos, estão comprando mais armas, e no Brasil, bom, no Brasil... Que me perdoem meus compatriotas, mas em São Paulo, aqui é um país a parte. No Rio de Janeiro, através de seu atual governador, o ex-juiz Wilson Witzel - e também ex-vizinho de um ex-aluno meu - tomou medidas que, certamente, vão deixar a cidade turística mais importante do país completamente vazia. Tudo para conter a propagação. São Paulo? As coisas estão estranhamente mudando aos poucos. Shoppings fechando, o transporte vazio. Saiu daqui o primeiro óbito no Brasil pela COVID-19 (CoronaVirus Disease discovered in December 2019). O nível de preocupação é alto. Antes, confesso que compartilhava da opinião do presidente da república: "é histeria". Não, não é. A prevenção é sobrevivência. Somente isso vai fazer com que os dois milagres citados anteriormente irá completar-se com o nosso maior milagre: Manter-nos vivos. Isso vai passar! Isn't the end of the world as we know it! 7/14/2019 0 Comentários 2019: -1 no Clube dos 27Não. Não estamos entre 25 e 31 de dezembro, tampouco estamos em época de Rosh Hashaná. E, 19 de junho já passou. Mas, como adepto de dois calendários (gregoriano-comum e hebraico), tenho o alívio de dizer que, oficialmente, tenho 28 anos. Não quero, e não vou falar sobre mim, e sim o espanto que me causa nesse ano de 5779/2019 em que perdemos tanta gente boa por aí. Começamos com o incêndio no Centro de Treinamento do Clube de Regatas Flamengo, que vitimou garotos das categorias de base, a tragédia do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (cidade onde passei, tanto na ida, quanto na volta de quando fui morar em Minas Gerais), e a triste e repentina partida do jornalista Ricardo Boechat, que completou cinco meses na última quinta, 11/07. Em janeiro, além de Brumadinho e do Ninho do Urubu, perdemos: Marcelo Yuka (compositor e ex-baterista d'O Rappa), o lendário Padre Quevedo (padre e parapsicólogo hispano-brasileiro), o maestro francês Michel Legrand, Emiliano Sala (futebolista argentino com uma carreira muito promissora), Caio Junqueira (ator carioca, que interpretou o soldado "Neto", em "Tropa de Elite") e Wagner Montes (comunicador e deputado federal pelo Rio de Janeiro). Em fevereiro, um dia depois de Boechat, perdemos: Gordon Banks (goleiro inglês que ficou marcado por uma defesa em uma cabeçada fulminante de Pelé), a eterna Bibi Ferreira (atriz e entertainer), Bruno Ganz (ator austríaco, que consagrou-se na pele de Hitler em "A Queda"), Karl Lagerfeld (estilista alemão), o icônico jornalista palestrino Roberto Avallone, e o professor e fundador da rede de escolas Fisk, Richard Hugh Fisk. No mês de nosso carnaval, março, tivemos o suicídio de Keith Flint (frontman do The Prodigy), a perda de Coutinho (ex-Santos e Seleção Brasileira), e também de: Domingos de Oliveira (ator, cineasta e poeta), Rafael Henzel (jornalista e radialista catarinense, que cobria a Associação Chapecoense de Futebol no acidente de Medellín, em 2016) e a cineasta franco-belga Agnès Varda. Em abril, também tivemos um outro suicídio: Alan García (ex-presidente peruano, que, quando descobriu que iria ser preso por corrupção, optou por tirar a própria vida), o misterioso falecimento da modelo e apresentadora paulistana Caroline Bittencourt, e no mesmo dia 30, as dolorosas partidas de Beth Carvalho (sambista carioca, estandarte da Estação Primeira de Mangueira) e Peter Mayhew (ator britânico que cravou seu nome na história do cinema ao interpretar o wookie "Chewbacca" da série Star Wars em sua fase clássica). No mês do trabalhador, maio, perdemos: Antunes Filho (diretor de teatro), Lúcio Mauro (ator e comediante), I.M. Pei (arquiteto sino-americano), Niki Lauda (célebre piloto e empresário austríaco) e Gabriel Diniz (cantor paraibano que sofreu acidente aéreo, em ascensão na carreira). O mês onde completei mais uma volta no Grande Prêmio da Vida, junho, foi muito doloroso, de verdade. Perdemos: José Reyes (futebolista espanhol), Michel Serres (filósofo francês), Serguei (outro personagem da cultura alternativa brasileira, chamado de "o último roqueiro autêntico"), o maestro Andre Matos (fundador das bandas Angra e Shaaman, responsável por elevar o nome do Brasil no cenário do Heavy Metal internacional junto com os irmãos Cavalera), Rafael Miguel (ator paulistano que foi brutalmente assassinado, e cujo assassino ainda está foragido), Clóvis Rossi (jornalista paulistano, especialista em política internacional e decano da redação do periódico Folha de São Paulo), André Midani (produtor musical sírio-brasileiro), Franco Zeffirelli (cineasta italiano, diretor de "Jesus de Nazaré", filme que a Record TV faz questão de exibir em toda páscoa), Mohammed Morsi (o primeiro presidente egípicio civil em tempos, mas foi deposto e morreu na prisão), bem no dia 19: Rubens Ewald Filho (o mais importante crítico de cinema brasileiro, nascido em Santos), o maestro Sílvio Baccarelli (criador da Orquestra Jovem de Heliópolis), Thalles Lima (futebolista carioca, com passagem pela Ponte Preta), Paulo Pagni (ex-baterista da banda RPM, de muito sucesso nos anos 80), e Guillermo Mordillo (cartunista argentino). No momento que esse texto está a ser escrito, ainda estamos no dia 14 de julho, mas mesmo assim, já perdemos: Lee Iaccocca (ex-presidente da Ford Motors Company, que tirou a dinastia dos Henry Ford ), Marlene Matheus (única ex-presidente mulher do Sport Club Corinthians Paulista, esposa do também ex-presidente Vicente Matheus), João Gilberto (músico baiano, conhecido como "Pai da Bossa Nova"), Salomão Schvartzman (jornalista, advogado e sociólogo judeu-brasileiro), o jovem ator Cameron Boyce (integrante do Team Disney), Duda Molinos (maquiador brasileiro conhecido mundialmente no mundo da moda), Fernando De La Rua (ex-presidente argentino na época das grandes crises), no mesmo dia 10, o jornalista Paulo Henrique Amorim (talvez, um dos maiores jornalistas de esquerda no Brasil) e o Professor Chico de Oliveira (sociólogo fundador dos dois maiores partidos de esquerda do Brasil: o Partido dos Trabalhadores - PT - e o Partido Socialismo e Liberdade - PSOL). No ano em que se completam: 49 anos da morte de Janis Joplin e de Jimi Hendrix, 48 anos da morte de Jim Morrison, 25 anos da morte de Kurt Cobain e apenas oito anos da morte de Amy Winehouse, lembro-me muito bem da entrevista que fiz, parte de um processo seletivo, de uma pergunta feita em inglês pela que, atualmente é minha gerente pedagógica regional:
"Qual foi seu melhor presente?" "Se tratando de 2019? Continuar vivo!" Temos que ser gratos todos os dias. Baruch Hashem! #SejaFeliz 2/11/2019 1 Comentário É pra tocar o barco!É muito difícil. De verdade. Eu estava a planejar voltar a escrever, criar novos blogs e tal. Entretanto, o que aconteceu por volta do meio-dia desse onze de fevereiro de 2019 me forçou. O Brasil perdeu seu maior jornalista. A rádio jornalística brasileira perdeu seu maior âncora. Nós, jornalistas, taxistas, estudantes, mecânicos, frentistas, enfim, o povo perdeu sua voz. Ricardo Boechat não somente era um jornalista. Ele era um amigo do povo, um verdadeiro porta-voz dos oprimidos pela classe política e corporativista de nosso país. Nascido em 1952 em Buenos Aires, Boechat era radicado em Niterói, a mesma cidade do meu avô. Iniciou no colunismo social, sendo assistente de Ibrahim Sued (uma espécie de "mentor" para apresentadores como Amaury Jr.). Trabalhou nos principais veículos de comunicação nacionais, como Jornal do Brasil, O Globo (jornal e televisão), Istoé, e o Grupo Bandeirantes de Comunicação, seu último empregador. Conheci-o graças aos meus pais. Era 2013, mais ou menos. Boechat, no seu jornal matinal da Rádio BandNews, tinha seu comentário inicial exibido no "Café com Jornal", da TV Bandeirantes de São Paulo. Eu assistia, e na maioria das vezes, como sempre fiz nesses últimos 6 anos, concordava com ele. Através dos comentários dele, deixei de ser ouvinte assíduo das rádios jornalísticas tradicionais paulistanas, como a Jovem Pan, CBN e a própria Rádio Bandeirantes. Passei a ouvir mais a BandNews e seus outros âncoras, como o também são-paulino e residente na região do Grande ABC Eduardo Barão. Durante o jornal que ele apresentava de manhã, todos os ouvintes sabiam a ordem de apresentação: o comentário dele, as atualizações de Brasília com Rodrigo Orengo, os comentários em cima das manchetes (e os questionamentos com os repórteres de outras praças), a conversa com Mônica Bergamo, a coluna "Buemba! Buemba!", com José Simão (onde dei muitas gargalhadas nos ônibus de São Paulo), a coluna de Milton Neves, onde ele mesmo o apelidou de "Pitoniza", lembrando um personagem da mitologia grega que previa o futuro, por causa dos placares dos jogos. E, ás quintas, que conversava na coluna "Pensa Brasil Economia", com o ex-ministro da Fazenda Luis Carlos Mendonça de Barros. Não vai ter mais. O jornal vai continuar, mas não com sua voz. Não com seus toques, entrevistas, e por aí vai. Era maio de 2015. A Rádio BandNews completava 10 anos. No dia, Eduardo Barão transmitia o jornal no vão livre do MASP. E com ele, estava lá Boechat. Até hoje, eu me lembro: "quem puder, corre aqui pra tirar foto com a gente!" Morava em São Bernardo do Campo. Trabalhava na Easy Taxi como promotor externo. No dia dessa transmissão, teria que me apresentar em Santo Amaro, no Expo Transamérica. Entretanto, tinha minha consulta semanal na minha ex-fonoaudióloga. "Será que vai dar tempo?" Após as fotos que tirei com eles, a emoção estava lá em cima. Claro, lá estavam minhas referências de, como ele mesmo falava, "todas as manhãs".
Boechat não era graduado em jornalismo. Lembrei disso assim que tirei meu registro profissional de jornalista. Sou formado em Comunicação Social, mas não em jornalismo. Perdemos um professor. Os judeus tem uma expressão muito bonita quando alguém se lembra de um finado, que é "de abençoada memória". Graficamente, essa expressão hebraica é representada por "Z''L". Por mais que Boechat era ateu, podemos sim, utilizar essa expressão para ele. Para muitos, a importância dele, é de um rabino muito querido em sua comunidade. Prefiro lembrar dele assim. À família, a "doce" Veruska, as filhas Valentina e Catarina, a "lendária" doña Mercedes, aos 4 filhos, aos colegas de Bandeirantes, fica o conforto, as orações de todos. De todo um país. Valeu, carequinha! Vamos tocando o barco como você sempre pediu. A vigésima-primeira edição do Campeonato Mundial de Futebol encerrou-se a algumas horas, tanto em São Paulo, quanto onde ocorreu, em Moscou. A saudade já começou! Parte 1 - Eliminatórias: como chegamos até aqui Como sabemos, a Federation Internationale de Football Association (Federação Internacional de Futebol, FIFA) é um antro de corrupção, ou pelo menos foi, até pouquíssimo tempo atrás. Assim como sua "sucursal" sul-americana, a Conmebol. As edições de 2010, 2014, 2018 e a próxima, de 2022 tiveram suas sedes escolhidas com um "pouco" de mistério. África do Sul, Brasil, Rússia e Qatar foram os "sortudos". Foi comprovado que os antigos homens-forte da instituição, Joseph Blatter e Jerome Valcke encheram próprios bolsos graças aos comitês organizadores, principalmente da África do Sul, Brasil, e Qatar. Foram investigados e expulsos. Após uma rápida eleição, o também suíço Gianni Infantino assumiu o posto de homem mais poderoso do mundo, depois do Presidente dos Estados Unidos. As edições na Rússia e Qatar foram mantidas, apesar de todas as suspeitas que pairavam. Ainda bem. O mais engraçado, é que nos países das últimas copas, aconteceram crises políticas graves, a ponto de seus presidentes, Jacob Zuma e Dilma Rousseff serem depostos dos seus cargos. Bom, sabemos que dificilmente acontecerá na Rússia de Vladimir Putin, e no Qatar. Parte 2 - Fase de grupos: A maldição continua Não vou contar o que você cansou de ver e ouvir. E sim, o como foi legal acompanhar a fase de grupos da Copa na Rússia. A começar pela supreendente dona da casa. Grupo A: Rússia, Uruguai, Egito e Arábia Saudita A seleção russa estava a ser motivo de chacota fora e dentro da Rússia. Em um amistoso feito antes da Copa, o Brasil brincou com os ex-soviéticos. Parecia que eles iriam manter a escrita da África do Sul, anfitriã e eliminada na fase de grupos. Não foi bem assim. Na estreia, onde muita gente (eu incluso) pensou em um empate, o time do papai Putin praticamente acabou com as aspirações dos árabes. Dos dois árabes. Primeiro jogo: 5-0 contra a Arábia Saudita, e 3-1 no Egito. Denis Cheryshev artilheiro até então. Eles começaram a gostar do jogo. Pararam na Celeste Olímpica, mas se classificaram. Falando em Celeste, o Uruguai se classificou com sobra, o Egito de Mohamed Salah não apareceu direito, e a Arábia Saudita conseguiu vencer no seu último jogo. Grupo B: Irã, Portugal, Marrocos e Espanha Marrocos e Irã não fizeram um jogo ruim. Perto do que fizeram contra os favoritos do grupo, aí sim, realmente fizeram. Portugal e Espanha empataram em 3-3, jogaço. Obviamente, se classificaram, mas com o pires na mão. O Irã quase conseguiu os atuais campeões europeus, e Marrocos, conseguiu aprontar contra a campeã de 2010. Foram jogos memoráveis. Cristiano Ronaldo podia ser expulso contra o Irã, e Andrés Iniesta falhou feio no meio campo, dando um gol pra Marrocos, foi muito bom de ver tais jogos. Grupo C - Austrália, Dinamarca, Peru e França A América do Sul poderia ter todos seus representantes nas oitavas de final e Christian Cueva poderia sair do São Paulo como jogador de classe mundial. Poderia... O Peru perdeu um pênalti que poderia mudar a história da Copa. Cueva mandou a bola lá em Lima e sua seleção perdeu para a Dinamarca por 1-0. Sufocou a França, mas não levou. Ainda falando em sufocar, a Austrália quase apronta para cima dos europeus classificados, mas não foi dessa vez que os Socceroos pularam para a próxima fase. Grupo D: Argentina, Nigéria, Croácia e Islândia Lionel Messi. O nome dispensa apresentações. Entretanto, quase que ele não disputa as oitavas de final. A Albiceleste empatou com a Islândia, sensação da EuroCopa, e venceu a Nigéria na "bacia das almas", porque contra a Croácia... A foto acima foi do segundo de três gols que a seleção-sensação da Copa de 1998 presenteou a bicampeã sulamericana. A Croácia venceu seus três jogos com direito a chocolate de 3-0 na Argentina. Memorável. Memorável foi também o que a Nigéria tentou fazer. Venceu a Islândia, mas a derrota sofrida para Croácia e o 2-1 para a Argentina fez com que os Super Eagles voltassem para casa mais cedo. Lembrando que, tava 1-1 entre Nigéria e Argentina até os 44 do segundo tempo... Grupo E: Brasil, Sérvia, Costa Rica e Suíça O Brasil tinha tudo para ter vencido os três jogos. Empatou contra a Suíça em um jogo que deveria ter feito mais gols. (Em um jogo que comemorei muito o gol da Suíça em um bar lotado de torcedores pró-Brasil, mas o que importava era meu bolão, já que havia colocado 2-1 Brasil, rs) Classificou-se com sobra, mas sofreu contra a Costa Rica. De novo: sofreu contra a Costa Rica e poderia ter saído atrás no placar. Era prenúncio do que podia acontecer. Sérvia e Suíça podiam complicar - ou ajudar o Brasil. Acabou ajudando. A Sérvia começou ganhando, mas a Suíça contou com seus kosovares para virar o jogo. As comemorações de Xhaka e Shaqiri (o camisa 23 da foto) deram assunto para muitos dias. Grupo F: México, Suécia, Alemanha e Coreia do Sul Nunca torci tanto contra a Alemanha. Se em 2014 torci muito na final, dessa vez, estava do outro lado. Os tetra-campeões começaram perdendo do México, do profe Juan Carlos Osorio, de 1-0, gol de Hirving Lozano. Gol esse que comemorei muito no Terminal Vila Carrão. México esse que venceu a Coreia do Sul, mas perdeu o rumo contra a Suécia. Os escandinavos tinham tudo para mandar o time de Özil, Müller e cia. pra casa mais cedo, mas levaram virada. A vitória contra o México os classificaram em primeiro. A Alemanha tinha tudo para se classificar, mesmo na "bacia das almas" igual a Argentina. Só esqueceu de avisar os quarto-colocados de 2002. Os tigres asiáticos venceram por 2-0 e fizeram história mais uma vez. E ajudou os norte-americanos a se classificar. Festa mexicana que não durou lá muito. Grupo G: Inglaterra, Panamá, Bélgica e Tunísia Inglaterra e Bélgica golearam o país de Rubén Bladés. A Tunísia dificultou contra os três leões, mas foram goleados contra a Bélgica. E também venceram o Panamá. Pobre Panamá! No encontro dos europeus classificados, Adnan Januzaj, que jogou no Manchester United, fez essa pintura da foto, e deixou os (também) Diabos Vermelhos na frente do grupo. Se prevalecesse o empate, a história seria outra... Grupo H: Japão, Polônia, Senegal e Colômbia No dia que completei mais uma volta no Grande Prêmio da Vida, a Colômbia perdeu para o Japão. que mostrou um ótimo futebol e se vingou da goleada sofrida contra a mesma Colômbia em 2014. O destaque ficou para Senegal, que venceu a Polônia de Robert Lewandovski, por 2-1, com direito a falha do curitibano Thiago Cionek. Depois, a Colômbia se reergueu despachando os poloneses por 3-0 e vencendo Senegal por 1-0 no último jogo do grupo. Senegal e Japão fizeram um histórico jogo, empate por 2-2, uma vitória de um dos dois, poderia dificultar um pouco o caminho dos nossos vizinhos, o que não aconteceu. E, pela primeira vez, por 2 cartões amarelos, o Japão desclassificou Senegal, que empataram em todo resto com os samurais azuis. Para os japoneses, o castigo veio em "num corte de katana"... Parte 3 - O caminho, e a Final A Copa do Mundo realmente entrou nos eixos em sua fase eliminatória. O Uruguai venceu Portugal, mas perdeu para a França. O Brasil venceu o México, mas parou na ótima geração belga. O destaque ficou para o Japão e a Rússia. Os samurais azuis sentiram o gosto das quartas de finais, mas a Bélgica virou um jogo quase impossível, de 2-0 para 3-2. Jogo incrível. A Rússia eliminou a Espanha nos pênaltis, mas caiu para a Croácia também nos pênaltis. Falando em pênaltis, a Dinamarca teve a chance de mandar os quadriculados para casa, mas Danijel Subasic superou o filho de um dos maiores ídolos do Manchester United. Kasper Schmeichel pegou o pênalti de Luka Modric no segundo tempo da prorrogação, mas não conseguiu vencer o arqueiro croata. Jogão. A Suécia passou fácil pela Suíça, mas caiu contra a Inglaterra, que também contou com a ajudinha de Jordan Pickford para se classificar. Os três leões venciam a Colômbia o jogo todo, mas aos 43 do segundo tempo, o ex-Palmeiras Yerry Mina igualou a partida, para alegria de todos os brasileiros que torciam para os vizinhos. Nos pênaltis, 4-3 para os súditos de Elizabeth II. Nas semifinais, a ótima geração belga parou na excelente geração francesa em um magro 1-0. No outro jogo... A Inglaterra fez um gol bem no começo do jogo, e todos pensaram realmente que estavam na final. Esqueceram de avisar a Croácia, que na metade do segundo tempo empatou o jogo. E, no último lance da prorrogação, Mario Mandzukic fez o que gerou a foto acima: o segundo gol da Croácia que derrubou um fotógrafo salvadorenho na comemoração. Talvez, o momento mais legal da Copa, junto com a corridinha ultrafeliz de David Vida, filho do zagueiro-problema Domagoj Vida no final do jogo. Na final, quem roubou a cena, além dos 6 gols, foi a chuva no pós-jogo e os abraços efusivos de Kolinda Grabar-Kitarovic - Presidente da Croácia - em todo mundo que recebia alguma premiação. A brava (e cansada) Croácia caiu diante da França, por 4-2, mas já superaram a campanha de 1998 liderada por Davor Suker, hoje presidente da Hrvatski Nogometni Savez, a federação croata, que esteve no palco da premiação. Didier Deschamps, ex-Juventus e Valencia (nem me lembro dele jogando no Valencia, mas lembro dele na Vecchia Signora) igualou-se a Mário Zagallo e Franz Beckenbauer, campeão jogando e treinando. E esse 15 de julho de 2018 vai ficar na memória de muita gente, gostando de futebol ou não.
Foi feita a vontade do povo, a união do povo. Seja ele brasileiro, russo, colombiano, francês, coreano, sueco, panamenho, e de outros 25 povos representados nessa competição esportiva. Quatro anos estão longe, mas o Qatar é logo ali! #VoltaCopa (Narodnaya Volya, "A Vontade Popular"; Soyuz significa "União") Todos os créditos das fotos são para as principais agências internacionais (Thomson Reuters, Associated Press etc) e para a televisão russa. Obtidas através do Google Imagens. 4/6/2018 0 Comentários Liberdade de OportunidadeO texto a seguir foi originalmente escrito para o Vestibular da Universidade Cruzeiro do Sul, em 12/02/2018. O tema era: "Quem rouba para alimentar seu filho, merece pena ou perdão"? Confira: O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. Existe um abismo entre o intervalo de cada classe sócio-econômica, normalmente representada pelas letras A, B, C, D e E. Entre as classes mais baixas, como D e E, onde destacam-se pobreza e extrema-pobreza, o problema é ainda maior.
Nos últimos três anos, nosso país sofreu uma recessão econômica, problema esse que não se observava desde 1994, quando há 24 anos, o então ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso apresentou o Plano Real ao - na época - Presidente Itamar Franco. O Real (nossa atual moeda corrente) foi criado para conter a volatilidade inflacionária que se acentuou no período de redemocratização do Brasil. No entanto, sempre em épocas de crise, as mais baixas classes sócio-econômicas, como as anteriormente citadas, recebem a pior parte. Se é que recebem algo. Com baixo nível cultural, não conseguem recolocação no mercado de trabalho. Sem recolocação, não há renda. Sem renda, há desespero. Desespero esse que levam pais a cometerem pequenos delitos com o intuito humano de alimentar seus filhos em primeira infância. Quando esses delitos são notificados (percebidos ou delatados), acontece a reclusão. De forma arbitrária e injusta. Sendo assim, somente uma ampla gama de oportunidades podem fazer que esses pais tenham renda, e assim, alimentar seus filhos dignamente, evitando pequenos delitos. Afinal, quem alimenta, não pode viver com condenados. Entretanto, se acontecer tais delitos sobre esse motivo, certamente, esses pais devem ser perdoados. 1/21/2018 0 Comentários A verdadeira riquezaO texto a seguir foi escrito - em estilo carta - originalmente para o vestibular da Universidade Paulista (UNIP), em 30 de novembro de 2017. Foi baseado na seguinte frase de Celso Sagastume publicada na revista Istoé: "A maior riqueza da vida não está relacionada ao dinheiro, mas ao grau de conhecimento e cultura de uma pessoa. A verdadeira riqueza é medida pelo número de livros lidos, amigos conquistados, países visitados". Caro amigo,
Evidente que sabemos o teu gosto e apego pelo o que possui e acumulou ao longo de sua trajetória aqui na Terra, é demasiado perceptível. Entretanto, questiono-lhe: mesmo com tudo que tens, és feliz? Tudo bem, compreendo que cada um nós possuímos uma definição, um conceito de felicidade. Posso até saber a resposta. Mas mesmo assim, tomo a liberdade para questionar-te para que tu possas ter uma liberdade para refletir, não de uma maneira pronta, mas de uma maneira ampla. Conseguiu refletir? Ótimo, eis o que penso: por mais automóveis, imóveis ou contas bancárias com saldos positivos, posso te garantir, que a verdadeira prosperidade é acompanhada por simples e importantes detalhes, como o bem-estar, paz de espírito, o sorriso de uma criança e a atenção de um animal doméstico. Isso é maravilhoso! Tente analisar pelo menos dois itens de meus exemplos. Estou seguro que irá alcançar a prosperidade que necessite e mereça. Aguardo ansiosamente pelo teu retorno. De estimado afeto. Falar sobre a Revolução de Outubro de 1917, é praticamente falar sobre mim, de verdade! Poderia contar toda a origem, a decadência dos Romanov etc., mas não. Permita-me voltar no tempo. Cidade Tiradentes, 2001/2002. Enquanto o Brasil se preparava (e se preocupava) para mais uma Copa do Mundo, eu revirava a velha estante do apartamento onde morava. Lá, tinham muitos livros didáticos, livros que fizeram parte da vida escolar da minha mãe e dos meus irmãos. Entre os livros, eu achei um "História & Vida", dos irmãos Nelson e Claudino Piletti, da Editora Ática. Não me lembro o ano de edição, mas presumo que deveria ser entre 1989 e 1990. Uma época "pré-Guilherme" com certeza, rs! Esse livro me mostrou - estava com 10 anos de idade - como foi a Idade Contemporânea até aquele determinado momento. Quando comecei a escola (1998/1999), ouvia falar que a Rússia, não era Rússia antes do meu nascimento. E sim, uma tal União Soviética. Folheando as páginas, uma biografia me chamou a atenção. Era de Lev Davidovitch Bronstein. De origem judaico-ucraniana, era nada mais, nada menos que Leon Trotsky. Olhei uma outra biografia próximo a essa. A foto era de um careca com olhos bem comprimidos. Vladimir Ilitch Ulianov. Talvez você o conheça como Lênin. Somente por último, vi que aquela figura que mais parecia o papai noel, era o mentor de tudo aquilo que aconteceu para que esses dois pudessem ser reconhecidos. Karl Marx entrava em cena. Para nunca mais sair.
Os anos foram passando. Aos 13/14 anos, comecei a militar no movimento estudantil, e depois na política partidária. Acreditava (e ainda acredito, de certa forma) que o Brasil poderia passar por um processo semelhante. Único, sem querer comparar com outros países "vermelhos", que vocês sabem quais são. Afinal, sem teoria revolucionária, não haveria qualquer tipo prática revolucionária, parafraseando Lênin. Tudo porque um livro de história me chamou a atenção quando tinha 10 anos. Contudo, foi o que aconteceu há 100 anos ajudou a construir minha personalidade. Em uma época de "provável criminalização" da esquerda, seria legal lembrar o verdadeiro significado do socialismo: O bem-estar de todos ao invés da pujança de poucos. Spassiba, Lenin! Spassiba, Trotsky! Spassiba, rossiskaya narod! (Obrigado, Lênin! Obrigado, Trotsky! Obrigado, povo russo!) "A vida é bela. Que todas as futuras gerações possam aproveitá-la sem nenhum tipo de opressão." (Leon Trotsky) 10/22/2017 0 Comentários Conjugando o verbo "Empoderar"Não. Esse não será um texto didático, pelo contrário. Quero tentar entender como compramos mais um conceito enlatado. Ou pior, como engolimos isso. Questiono-me sempre sobre várias coisas, e isso não podia passar despercebido. Primeira Questão: Gênero "Vamos empoderar a mulher"! Oi? Não, pera... Empoderar a mulher? O gênero feminino é responsável por mais da metade da população brasileira. Possuindo tal importância demográfica, o que seria - ou melhor - para quê seria esse tal empoderamento? Indo longe, será que, segundo as Escrituras, figuras como Eva (Chava), Sarah, Rachel e Esther foram "empoderadas" para fazer parte da História Judaica? É evidente que não. As mulheres não precisam desse tipo de conceito. Precisam de respeito, de igualdade. No Brasil, precisam ocupar os três poderes em sua grande maioria. Em dois anos, tínhamos uma presidente da república (Lembrando bem, A presidente. "A presidenta" é um equívoco linguístico), hoje, uma procuradora-geral, fora a presidente do Supremo Tribunal Federal. Fora que, Chile, Argentina, Alemanha, Coréia do Sul, e outros países tiveram (e ainda possuem) suas mandatárias. Foram empoderadas ou tiveram habilidades para governar o suficiente para ser eleitas? Segunda Questão: Afro-descendentes "É preciso empoderar os negros"...
Mais um blá-blá-blá. Assim como as mulheres, as pessoas auto-declaradas de origem africana são mais da metade da população brasileira. Desde a "abolição", em 1888, a terceira maior coletividade que constituiu o estado nacional brasileiro jamais teve o devido respeito. Cotas em universidades e concursos públicos? É (realmente) necessário? Pontos importantes:
Se todos nós temos um origem, para quê empoderar uma em específico? Existem outras questões, mas ao meu ver, essas duas questões são mais importantes para ressaltar no momento. A reflexão, deixo pra você, leitor. 9/21/2017 0 Comentários Jubilando em '78Ah, o Rosh HaShaná! O Ano Novo, as Grandes Festas, e... o temido Yom Kippur! Bom, esse texto não é sobre isso. E sim, sobre o espetacular "ano sabático" de 5777 que se encerrou na noite da quarta última (20/08). Esse ano que marcou, de alguma maneira, minha ascensão profissional, e que culminou na melhor coisa que me podia acontecer: Começar a ensinar. Venho de uma família rodeada por professores e jamais imaginaria exercer tal profissão, mesmo com tentativas passadas. Recebi um convite e passei a viver um sonho. Para construir outros sonhos. Ouvir e viver histórias. Entender mais o que se passa na mente dos meus alunos, além de seus objetivos ao aprender um novo idioma. Saber o quão gratificante é isso, acordar pela manhã com um sorriso no rosto, ter uma certa autonomia sobre sua produção, é muito bom! Em 5778, várias coisas novas, novos projetos, novos voos a alçar.
Que tudo seja muito doce, como manda a tradição! 9/2/2017 2 Comentários Artigo 1ºImprevistos acontecem, todos nós sabemos disso. Ainda mais sendo residentes em uma cidade como São Paulo, uma das 3 maiores do mundo.
Todos com o celular na mão.
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Fevereiro 2019
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